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Sobre o curso

O curso "Demoníaco: a instrumentalização do discurso religioso (na política)" teve como objetivo compreender a dinâmica do processo de condução do discurso religioso, pautado nos textos tidos por sagrados, de um discurso originalmente fundado nas noções de amor, perdão e respeito, para modelos de ódio, retaliação e desrespeito. Demonstrar qual o papel e a importância das instituições religiosas, seus líderes e outras personalidades proeminentes neste processo. Distinguir e explicar as táticas aplicadas na consecução desse processo. Identificar e analisar as consequências desse processo, munidos do conceito de demoníaco como instrumento metodológico. Buscar alternativas positivas que possam compor propostas de intervenção com vistas a apontar o caminho ou ao menos amenizar o problema apresentado.  

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Aula 1:

1- Apresentação do problema com diálogo participativo, levantamento de informações em torno da questão: “o que sabemos ou pensamos saber sobre esse assunto?”; 2 - Breve roteiro biográfico de Paul Johannes Oskar Tillich (1886-1965); 3 – Aproximação inicial ao conceito de demoníaco. a) 1ª Conceituação: período do entre Guerras. b) 2ª Conceituação: após a Segunda Grande Guerra.

 

Aula 2:

1 – Breve introdução ao método (tillicheano) de “Correlação”; 2 – O lugar do conceito de demoníaco no escopo do método de “Correlação”; 3- Exemplos e amplo diálogo.

 

Aula 3  

1 - Aplicabilidade do conceito – Análise histórico-fenomenológica.
a) A Segunda Grande Guerra – Faremos análise da estratégia de instrumentalização do discurso religioso com vistas à glorificação do Terceiro Reich e a contundente oposição de Tillich que no enfrentamento refina o conceito de demoníaco frente aos horrores do regime. b) A Guerra Fria (aspectos seletos) – O fenômeno do fundamentalismo, sua absorção e influência na política norte-americana, o papel do televangelismo, a criação do inimigo interno: “Comunismo: o Diabo é Vermelho!”.

Aula 4:

1 - Evangelicalismo brasileiro e o fundamentalismo: atitudes em relação à política. a) Negação do envolvimento com a política: “cristãos não se misturam com política!"; b) Virada: A Assembleia Nacional Constituinte: “Irmão Vota em Irmão”; c) Plano de Poder – Edir Macedo, Frente Parlamentar Evangélica e a Escalada ao Poder; d) O Caos Religioso: Bolsonarismo; evangelicalismo e a extrema direita e o Brasil “Terrivelmente evangélico”; e) As igrejas contra os crentes: o culto à personalidade, assédio políticoreligioso e suas nefastas consequências sob à luz do “demoníaco”.

BIBLIOGRAFIA

 

GIBELLINI, R. A Teologia do Século XX, tradução de João Paixão Netto, São Paulo, Edições Loyola, 1998.

SIQUEIRA, G. F. Quem Tem Medo dos Evangélicos? Religião e Democracia no Brasil Hoje. São Paulo, Mundo Cristão, 2022.

MONDIN, B. Os Grandes Teólogos do Século Vinte: Vol. 2: Os Teólogos Protestantes e Ortodoxos, tradução de José Fernandes, São Paulo, Edições Paulinas, 1979-1980.

TILLICH, P. Teologia Sistemática, tradução de Getúlio Bertelli, 2ª edição, São Leopoldo, Sinodal, 1987.

____. A Era Protestante, tradução de Jaci Maraschin, São Paulo, Ciência da Religião, 1992.

O curso foi ministrado pelo PROF. ME. Carlos Eduardo Bernardo, graduado e licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). É professor concursado de Filosofia na rede pública de São Paulo. É autor do livro Humanae Absurdum: A Imagem do Humano na Obra de Albert Camus, pela edutora Appris. Link para o lattes: http://lattes.cnpq.br/3065774956926629

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